Esse
povo que acha bonito ser vida loka fazendo só o que bem entende, na hora que
quer, sem compromisso algum, se considerando revolucionário... Só olho.
Aqui,
vida loka é acordar e já ter que atender a pedidos. É se levantar sublimando a
dor e o cansaço, pois não há para quem delegar. É levar duas horas para tomar
um mísero iogurte, pois cada tentativa de gole é interrompida por uma dúvida ou
uma história nova. É se conformar em ter conferência no banheiro, não importa o
quanto já explicou sobre o mínimo de privacidade. É comer em prestações ou
nem comer, quando os médicos dizem que você tem que pensar em cada refeição e
tomar suplementos em intervalos pré-estabelecidos. É ter que acelerar para dar
conta de tudo, quando a velocidade máxima equivale à da tartaruga. E ainda
encaixar a atividade física e o lazer, veja bem.
Vida loka é se enxergar distante do que deveria
ser, correndo atrás do prejuízo diariamente, no desafio de cuidar de si
enquanto cuida dos outros. É fazer o impossível para conciliar o seu compromisso
de vida com as urgências e as mudanças que a vida traz.
Era uma vez o que foi fácil.
26 de
abril de 2018
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