É curioso como se coloca o mundo corporativo no
topo. Vidas corridas, famílias negligenciadas, saúde comprometida, simpatias
forjadas pelo suprassumo de uma posição tão tentadora quanto efêmera.
O corredor que pulou degraus olha os outros lá
de cima, acreditando que todos se submeteriam às provas que o fizeram chegar
ali.
E critica quem prioriza outras facetas da
vida... Quem vê mais valor num sorriso da criança que aprende a andar, quem
admite que precisa economizar o parco recurso da saúde, quem se
satisfaz com coisas que o dinheiro não compra, quem não abre mão de sua
personalidade em prol de uma amizade fingida e recusa o próximo passo.
Status pra
uns é ser CEO ou autoridade. Status pra outros é conciliar o impossível em prol
da ascensão profissional. Status para alguns é trabalhar bem, não importa a
posição que ocupem e a remuneração que recebam. Status pra outros é olhar pra
trás e ver que nunca perderam a essência.
Quem está
certo eu não sei, mas errado deve estar aquele que coloca seu objetivo como o
único possível e quer que todos sigam seu caminho.
Atalhos
existem, mas precisamos respeitar quem, deparando-se com a bifurcação, se apega
à bagagem e escolhe os percalços da trilha mais longa.
6 de dezembro de 2017
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