O
ser humano é curioso.
Vislumbrando
qualquer benefício, age por impulso, faz o que dá na telha, sem pedir opinião.
Por vezes, é feliz às escondidas e à revelia de advertências. Os bônus são
dele, ninguém tem nada a ver com sua vida.
O
interessante é que, quando chega o estrago, aquele ser autoconfiante perde
repentinamente a capacidade de escolha.
É
aí que entra o laranja do destino. O colega, o amigo, o parente, o terapeuta
leigo, o anjo da guarda, o patrão, o líder espiritual. O sábio de ocasião, chamado a decidir o que o desbaratinado deve
fazer, até mesmo a atuar diretamente na solução do contratempo. Os ônus são do
auxiliar, que tem os próprios problemas para resolver.
Compartilhar o sucesso raros querem. Já
distribuir o prejuízo e jogar a responsabilidade nas costas alheias, vários
preferem.
Qual o sentido de ser laranja na vida?
Trocar experiências é saudável, ajudar é
preciso. Mas tomar decisões e agir no lugar de alguém, incentivando o
comodismo, é perigoso. Cada pessoa com seu quinhão de bifurcações.
Preferível ser limão. Suficiente dizer NÃO.
4 de julho de 2018
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