quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Escolas para quem?


Eu volto no tempo e me pergunto quando a escola passou a ter como missão criar os filhos de tanta gente. 
Os anos passam e a instrução tem que competir com a educação. 
Um adulto entrega o tablet/celular na mão de um ser imaturo para lidar com tudo que o brinquedo forjado oferece. A escola faz palestra para orientar os pais e as mães sobre os desafios do mundo virtual. E de nada adianta, porque em casa sempre haverá o drama do tempo curto e da prioridade que não permite controlar o acesso à Internet. 
A criança precisa aprender a respeitar os horários de estudo, lanche e recreio. A escola que se vire, porque os pais não podem perder um tempinho para explicar o significado de pertencer a um grupo, muito menos para treinar o filho a se alimentar com foco.
A criança morde e cospe, chuta e arremessa o material do colega. A escola e os amiguinhos que compreendam, já que os genitores não querem ser os chatos a mostrar o quanto uma mordida dói e interromper a diversão que machuca. 
A escola manda bilhetes lembrando que os pais devem vigiar seus filhos após a aula, e não ficar papeando enquanto os anjinhos quebram o parquinho e destroem o banheiro. 
Na festa junina, a anfitriã da escola precisa pedir encarecidamente para que os adultos desçam da cadeira plástico, pois ela pode quebrar, e eles estão impedindo que os demais assistam ao espetáculo. 
A escola passa tarefa, incentivando o aluno a revisar a matéria diariamente. Os adultos esgotados não veem que isso é ensinar a estudar, e fazem motim porque falta tempo para auxiliar a criança a desenvolver sua autonomia.
Sinceramente, acho que estamos precisando é de escolas para pais e responsáveis legais aprenderem a ser... pais e responsáveis legais.

13 de abril de 2018

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