quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

O urso insistente


O urso insistente

Do alto de seu pedestal
O urso recebeu a notícia fatal:
A loba um castelo invadiu,
E ofendida pela leoa se viu.

Do alto de sua bondade,
Queria para a loba a felicidade.
Fez-se então seu procurador,
Ignorando do leão um clamor.

“Direito de opinar eu tenho,
Apresentar críticas venho.
E sua ilógica reação
Deve-se à sua condição.”

O urso sua faceta mostrou,
A segurança do castelo questionou.
Disse que com a leoa ninguém se importava.
E a porta do castelo, fechava...

Mas a leoa o urso não esquece,
Ofende e afeição finge que fornece.
Do carinho para com o leão faz alarde,
De uma forma covarde.

Mas amizade não é desrespeito,
Ter opinião não dá direito.
Saudade não apaga maldade,
Desculpa é ter humildade.

De o erro admitir,
Da realidade não fugir,
De tudo que afirmou rever,
E de fato se arrepender.

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