Nenhum
presente que eu poderia pedir superaria os que tenho ganhado: nos
piores momentos, a oportunidade de verificar que a única coisa da
qual eu não me arrependeria era de ter dedicado meus últimos anos a
este ofício; essa semana, a bênção de cuidar da casa, cozinhar e
colocar meus filhos no carro para um passeio no centro de saúde e no
dentista. Ações corriqueiras e trabalhosas, antes já prazerosas,
que agora têm ainda o sabor de vitória.
Os
bilhetes e cartões que recebo revelam a ingenuidade da criança que
não enxerga os defeitos da mãe. Mas eu não sou aquela figura de
poema e folhinha, sou de carne e osso, humana falível nos desafios
da vida, e um dia eles perceberão isso. Por isso eu peço a Deus que
nunca me deixe esquecer o quanto de erro e destempero meus essas
crianças aguentam, para que, no futuro, eu tenha discernimento para
entender suas dificuldades de adultos, boa vontade para escutar seus
pedidos e sabedoria para ajudá-los não da forma que eu considere
acertada, mas sim da maneira que melhor lhes alente o coração.
Feliz
todo dia, porque todo dia é dia de luta das mães, dos pais, e dos
filhos também.
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