Loja de brinquedos de sempre. Mordedor diferente. Mexo em um, observo outro... Colorido legal.
_ Mãe, isso é pra cachorro.
_ Não é não, menino! Tá doido?
_ Mãe, lê aí: "Diversão para seu filho de estimação".
Olho para cima. Nossa, é mesmo!
_ Mãe, filho de estimação?! Quem tem filho de estimação? Ou é filho, ou é bicho de estimação!
Ah, meu filho "humano"... Criança "humana"... Que até semana passada era o único público alvo da loja de brinquedos... Como explicar?
Quando as palavras tinham sentido, entendia-se:
* Criança - ser humano na fase da infância.
* Filho/a - descendente da mesma espécie. Filho de peixe, peixinho era. Filha de humano, humana era.
*Animal de estimação - animal de convívio, pelo qual se tem muita estima, carinho, apreço, cuidado. Todo o amor pelo bicho era externado por meio dessas palavras.
*Pet - em inglês, animal de estimação.
Dicionário e lojas especializadas para quem, não é mesmo? Afinal, para que tanta segmentação? Nem todos são fora de órbita como eu.
Filho de estimação. Pesquiso. O site da fabricante explica melhor.
Em resumo, os produtos foram criados visando o bem-estar dos filhos de estimação, pois considera-se que o brincar, do mesmo modo que para as crianças “humanas”, tem papel fundamental no desenvolvimento e na saúde física e mental dos pets. Agora estão aí, nas prateleiras das lojas de brinquedos.*
Eu, como mãe exclusiva de crianças "humanas", hoje aprendi um pouco mais sobre o mundo cão. Ou melhor, mundo gato, papagaio, toda a fauna, para não ser acusada de discriminação ou pet-filho-fobia.
Ainda bem que fui alertada. Quase comprei o presente errado.
Escapei de um vexame. Ou não.
2 de dezembro de 2018
*(foto traduzida em texto)
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