Ensinar a limpar a própria sujeira é formar cidadãos. Se cada
um fosse responsável e cobrado pelo que sujou, os espertinhos pensariam duas
vezes antes de fazer lambança.
Mas convivemos com nobres que veem com desdém
tais cuidados - querem ser livres, ter regalias e aproveitar o máximo da vida,
a qualquer custo para terceiros. E ainda acham quem os acolha, os pinte como
vítimas de um quadro. São perdoados e autorizados a deixar a imundície
respingando nos certinhos, que não têm a audácia de sair da moldura.
Inúmeros desejos, muitos direitos, poucas
obrigações e raríssimas consequências. Pra qualquer idade ou circunstância, em
casa, na rua, na escola, na empresa, nos Poderes.
Eu ainda vejo um fio de esperança ao ouvir do
menino ingênuo, com sorriso no rosto, depois de uma bela bronca ao lado dos
irmãos, que é legal aprender a lavar o que usou.
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