Tenho recebido convites novos, para péssimos programas antigos.
Propagandas
amáveis e tentadoras de peças teatrais com um velho conteúdo pernicioso,
superado após anos de sofrimento? Agora não, agradecida.
Ingressos para
filmes remasterizados, que não abandonaram o roteiro suspeito da manipulação e do
suspense? Sinto dizer que eu aboli a escuridão do meu cinema.
Chamados para assistir
à reprise da novela onde o protagonista apanha e chora até o final, mas o
bandido é poupado por se fazer de louco e bonzinho? Essa não vale a pena ver de
novo.
Sorteios de
presentes e elogios, realizados com o intuito da aproximação que leva ao tão conhecido
tripúdio? Recuso, pois isso nunca me atraiu.
Encontros ditos amistosos, com conversas que sempre levam a discussões de longa data, temerosas e
inacabáveis? Agradeço, mas não tenho tempo.
Participações em
ladainhas maquiadas ou problemas sem o enfrentamento imprescindível? Negativo, qualquer
opinião será malvista.
Reuniões nas
quais pensamentos divergentes não chegam a lugar algum e só resultam na
exposição de críticas já aparentes? Desculpem-me, não posso ir.
Viagens
cansativas com destino aos momentos de submissão e desprezo do passado, felizmente abandonados com o amadurecimento? Parece que as passagens se esgotaram e o
meu lugar não é mais aí.
Entendam como
quiserem, mas declinarei desse tipo de solicitação sem pestanejar, nada de rodeios ou
desculpas esfarrapadas. É que a vida está melhor do que há um ano e a alma mais leve que no mês passado, portanto não tenho motivos para retomar neuroses antigas ou reviver experiências doloridas. Eu quero convites interessantes, reencontros e filmes alegres, reuniões edificantes, viagens memoráveis, diálogos com boa vontade.
Se eu desejo pegar o primeiro retorno ou
seguir a trilha para qualquer ferida? Hoje não, muito obrigada. Meu foco é
outro, tenho minha missão para cumprir na vida.
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