terça-feira, 26 de julho de 2016

Dia dos Avós

Eu não me lembro de celebrar o Dia dos Avós na minha época de estudante. Foi como mãe, há pouco tempo, que conheci essa data especial.
A escola dos meus meninos faz, todo os anos, o Chá dos Avós. Não tem festa de Dia das Mães ou Dia dos Pais, e sim o Dia da Família. Mas a instituição sempre celebra os avós em específico.
E meus filhos, que têm pai e mãe presentes, veem, ano a ano, vários coleguinhas com os/as avós na data comemorativa. Avisam os seus por telefone, já sabendo que não poderão vir. Bom, eles tentarão aparecer no próximo aniversário. 
Mesmo assim, sem ter a companhia desejada, eles levam os comes e bebes, ensaiam a poesia, participam da comemoração. Se ficam tristes? Se gostariam de ostentar seus entes queridos naquele ambiente? Se sentem saudades? Claro que sim. 
Porém eles têm aprendido, desde cedo, que a frustração faz parte da vida. Que cada criança tem sua realidade, que cada família é de um jeito, que nós precisamos morar distante por causa de trabalho. Que em vez de pensar que não podem fazer visitas semanais, é melhor agradecer por ter os avós vivos e aproveitar os raros encontros possíveis. Já sabem, também, que o coração de quem lhes explica tudo isso se parte ao mostrar que, nesse aspecto, o mundo do coleguinha traz mais oportunidades de reuniões familiares, como a mamãe teve a sorte de vivenciar até vir para Brasília.
E não, eu nunca plantaria em suas mentes a ideia de que seria melhor a escola acabar com esse dia especial, privando seus coleguinhas de tamanha emoção junto aos avós. Assim é a vida, e hoje já pensamos no sabor do chá que eles levarão para os avós dos amigos beberem. 
Porque eu acredito que crianças são capazes de trabalhar suas frustrações e ver beleza na alegria de quem tem a vida diferente.

Escrevo porque preciso

Escrever é uma necessidade...  O pensamento chega, o texto se ajusta de forma meteórica e necessita ser externado. Um process...